Boletim semanal mostra que o DF ocupa a antepenúltima (25ª) posição no ranking da taxa de letalidade entre os estados, com 1,45% dos casos confirmados vindo a óbito, atrás apenas de Roraima (1,43%) e Tocantins (1,38%)
Em sua 18ª edição semanal, o Boletim_Covid-19 traz o dado de que a partir do 100º caso, registrado em 9 de março, a taxa de crescimento diária de casos de COVID-19 local registrou queda desde o mês de junho, sendo de 0,8% para o mês de agosto. Segundo dados do Ministério da Saúde, o Distrito Federal ocupa a 8ª posição entre as Unidades da Federação em número de casos confirmados de COVID-19 com 136.467 casos e a 17ª posição em número de óbitos por COVID-19.
Quanto ao aumento proporcional do número de casos entre as Unidades da Federação, o Distrito Federal está na 11ª posição, tendo apresentado no último período, entre 9 e 16 de agosto, de 123.057 casos a 136.467, respectivamente, o que significa um aumento de 10,90%.
Recuperados – De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública as regiões que apresentam maior concentração de casos – Ceilândia, Plano Piloto e Taguatinga – são as mesmas que apresentam o maior número absoluto de curados. Ceilândia registrou uma proporção de 87,41% de recuperados, considerando o total de infectados, Taguatinga indicou 83,91% e Plano Piloto indicou 84,58%. A Região Administrativa que concentra mais infectados como proporção da sua população é Sobradinho, com 7.140,69 casos a cada 100 mil habitantes, e em segundo lugar está o Lago Sul, com 6.257,16 casos/100 mil habitantes. Ao todo foram registrados 118.442 indivíduos curados até o dia 16 de agosto, o que indica que do total de casos confirmados, aproximadamente 86,8% se encontram recuperados, 1,4% configuram óbitos e 11,8% compõem a estimativa dos casos ativos;
Recorte por gênero e cor – Os dados demonstram que a Covid-19 vem afetando de maneira desigual a homens e mulheres. Esse é um fenômeno observado na maior parte do mundo, no Brasil e também no DF. O número de óbitos relacionados à Covid-19 entre homens é maior em relação ao número de mulheres no DF. Já o número total de casos confirmados do novo coronavírus é maior entre mulheres. A taxa de letalidade da Covid-19 entre homens continua superior à taxa entre mulheres. Ambas apresentam crescimento desde meados do mês de maio. As taxas de prevalência e de letalidade da Covid-19 entre homens e mulheres apresentam certa heterogeneidade entre as regiões administrativas do DF.
Também são do Ministério da Saúde os dados que apontam que há uma desigualdade na proporção de negros e não negros entre os hospitalizados. Em média, 63% dos registros sobre raça/cor não são preenchidos. Contudo é possível observar diferenças nas proporções de pessoas negras e de não negras hospitalizadas para as quais há esse registro. Entre 15/03 e 26/04, as proporções de hospitalizados negros e de não negros no Distrito Federal mantiveram-se próximas, com um maior percentual médio de hospitalizados de não negros no período: 19% de não negros e 15% de negros. A partir da semana de 03/05, o DF passou a apresentar uma maior proporção de hospitalizados negros. No período analisado (15/03 a 26/07), 62% das hospitalizações ocorreram na rede pública e 38% na rede particular. Entre a população hospitalizada na rede pública, 31% eram negros e 8% não-negros; na rede particular, 27% eram negros e 13% não negros (a proporção restante é a de registros para os quais não há informação sobre raça). A partir da semana epidemiológica de 03/05, observa-se uma maior predominância da população negra entre os hospitalizados em ambas as redes (para os quais há registro sobre raça).
Reportagem: Renata Nandes
Atualizada em 19/08/2020, 17h53
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