O Índice de Desempenho Econômico do DF (Idecon/DF), divulgado hoje, 16, pela Codeplan, apontou que a atividade econômica no Distrito Federal caiu 0,6% no terceiro trimestre de 2015, quando comparado ao mesmo trimestre de 2014.
O estudo mostrou que, nos meses de julho a setembro deste ano, os setores de Indústria, Agropecuária e Serviços apresentaram atividades negativas ante o mesmo período do ano passado: o primeiro apresentou uma queda de 3,6%; o segundo caiu 3,5%; e o terceiro 0,4%.
A Coordenadora das Contas Regionais da Codeplan, Sandra Regina de Andrade, explicou que a queda expressiva do setor de Indústria se deve principalmente pela queda da Construção Civil, que chegou a -4,0% no trimestre analisado. “Quando a maioria das construções do DF paralisou, a economia sentiu muito mas, apesar disso, a queda se estabilizou”, afirmou ela.
O Presidente da Companhia, Lucio Rennó, lembrou que, embora o cenário não seja muito animador, ainda se tem alguma boa notícia, como o crescimento do setor de Serviço de Informação, que foi de 2,3%, apesar de ter sido menor do que o registrado em igual trimestre de 2014, que aumentou 5,4%.
Rennó destacou, ainda, a questão do desemprego que, de acordo com ele, está claramente associada à redução dos postos de trabalho. O estudo apontou, segundo o Caged, a eliminação de 3.618 postos de trabalho, superior ao número de contratações: 2.167 vagas. “Isso é muito preocupante. Talvez esteja cedo para afirmar mas o Idecon registra, após a forte queda no 1º trimestre, uma certa estabilidade”.
O estudo também mostrou que, apesar de negativo, o índice do DF foi superior ao do Brasil, que marcou -4,5%. O diretor de Estudos e Políticas Sociais e de Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, Flávio Gonçalves, afirmou que isso se deve à estabilidade da administração pública, pois o “grande empregador do DF não dispensa muito”.
Flávio Gonçalves chamou atenção para a queda do comércio na Capital, que chegou a -6,6%. “As pessoas perderam poder aquisitivo, e quando isso acontece, você não faz compras, empréstimos, nem atividades financeiras. Para o Brasil em 2016, o mercado estima uma queda de 3,2%. Além disso, a expectativa da inflação também está muito alta.
Definitivamente, não deve ser muito rápida a recuperação da nossa economia”, finalizou ele.
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Texto: Nilva Rios, com Ana Carolina Alves
Foto: Toninho Leite
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