O PIB do Distrito Federal atingiu, em 2012, R$ 171,5 bilhões e estima-se que, em 2014, tenha superado a marca de R$ 200 bilhões. Possui também um expressivo mercado consumidor, com 2,9 milhões de pessoas com renda média três vezes maior que a média nacional e 4,1 milhões de habitantes em sua área metropolitana. Se considerado o Eixo Brasília-Anápolis-Goiânia, terceiro mercado consumidor, a população totaliza quase 7 milhões e seu PIB aproxima-se dos R$ 300 bilhões.
Todos esses números evidenciam a robustez da economia local e seu enorme potencial de desenvolvimento. Ocorre que, especificamente no Distrito Federal, o setor público representa 55% de seu PIB e detém quase 25% do pessoal ocupado e essa excepcional participação tem resultado em uma substantiva inibição ao desenvolvimento das atividades econômicas privadas.
Segundo a PDAD/DF, realizada pela Codeplan, o DF possuía, em 2013, 1,22 milhão de pessoas ocupadas em atividades produtivas. Desse total, 617,7 mil eram empregados com carteira de trabalho assinada, incluindo empregados em empresas públicas, correspondentes a 50,6% do total; 81,5 mil (6,7%) eram também empregados, mas sem o registro em carteira; e 194,2 mil (15,9% do total) eram servidores públicos estatutários.
Já 279,0 mil pessoas apresentaram-se como autônomos (22,9% do total); 13,2 mil eram empregadores e 7,3 mil profissionais liberais. Este contingente de 300 mil autônomos, profissionais liberais e empregadores, 24,5% do total do pessoal ocupado no DF, é expressão do peso do empreendedorismo na Capital Federal e de seu enorme potencial de desenvolvimento.
O DF precisa diversificar sua estrutura econômica, desenvolver estratégias de fomento às mais distintas atividades produtivas e promover a descentralização dessas atividades, excessivamente concentradas no Plano Piloto. Dada as peculiaridades da economia local, em particular a elevada renda per capita de sua população, um dos segmentos que apresenta maior potencial de expansão é o das micro e pequenas empresas.
Jornal de Brasília ,22 de janeiro de 2015
Júlio Miragaya, Diretor do Sebrae/DF e vice-presidente do Conselho Federal de Economia
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