Osvaldo Russo

Diretor de Estudos e Políticas Sociais da Codeplan

Os dados divulgados pelo IBGE, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/2012), demonstram diversas melhorias nas condições de vida dos brasileiros e da população do Distrito Federal. Destaca-se a melhoria de renda, a diminuição do trabalho infantil e, sobretudo, maior acesso a bens duráveis e à infraestrutura básica, apresentando melhores resultados que os dados nacionais.

O percentual de pessoas não naturais do DF é bem superior ao do restante do País. Contudo, é possível observar, entre 2011 e 2012, a redução desse percentual, o que pode sugerir tanto uma tendência de queda no fluxo migratório quanto um crescimento da proporção de pessoas nascidas no Distrito Federal.

No DF, o percentual de domicílios com microcomputador e com microcomputador e acesso à internet é de, respectivamente, 25,6% e 19,6%, percentuais estes superiores ao Brasil. Percebe-se também que tanto no País, quanto no DF, mais de 90% dos domicílios contam com fogão, geladeira, televisão e telefone fixo ou celular.

O rendimento médio mensal do brasileiro apresentou um crescimento de 13,8%, de 2011 para 2012. Mesmo com crescimento inferior à média nacional, o DF ainda possui o melhor rendimento médio mensal do país (R$ 2.654). Em relação à desigualdade do rendimento das mulheres em relação ao dos homens, apesar de sua redução, percebe-se que, no DF, a distorção é menor do que a do Brasil. No DF as mulheres percebem 63,1% do salário médio dos homens, no Brasil essa proporção é de 58,3%.

No DF, destaca-se a redução do percentual de pessoas com rendimento superior a 10 salários mínimos e o aumento daquele com rendimento superior a 3 e até 10 salários mínimos, o que resultou na redução da concentração de renda, medida pelo índice de Gini, interrompendo, assim, o ciclo histórico de aumento da desigualdade no DF.

Artigo publicado no Jornal de Brasília em 11/10/2013