Governo do Distrito Federal
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14/03/16 às 21h06 - Atualizado em 29/10/18 às 11h54

Inflação desacelera no DF em fevereiro

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Pelo segundo mês consecutivo, a inflação no Distrito Federal desacelera e fica abaixo da média nacional

Análises feitas nesta segunda-feira (14), pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), mostram que a inflação no Distrito Federal, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), é a quarta menor taxa do mês entre as 13 capitais pesquisadas pelo IBGE.

Salvador foi a capital que registrou a maior variação do mês, 1,41%, seguida de Recife, 1,29% e Belém, 1,11%. As menores variações ocorreram em Vitória 0,28%, Campo Grande 0,54% e Rio de Janeiro 0,68%.

“O IPCA, em fevereiro deste ano, registrou variação de 0,69% contra 0,93% em janeiro, caindo 0.24 ponto percentual no mês”, afirmou o gerente de Contas e Estudos Setoriais da Codeplan, Jusçanio Umbelino de Souza.

Em relação à média nacional, o IPCA/Brasília ficou 0.21ponto percentual, abaixo do índice registrado, de 0,90%. Segundo Jusçanio, os setores de habitação e transportes contribuíram para segurar o aumento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo na capital do País.

Em 12 meses, o IPCA/Brasília acumula alta de 9,95%, a quarta menor variação regional, ficando 0.41ponto percentual abaixo da média Brasil, de 10,36%. Fortaleza, Curitiba e Porto Alegre estão registrando as maiores variações acumuladas em 12 meses. Apenas Brasília e Belém tiveram elevação no acumulado de 12 meses de janeiro para fevereiro, de 9,82% para 9,95% e de 9,97% para 10,02%, respectivamente.

O resultado da inflação medida pelo IPCA/Brasília em fevereiro foi significativamente impactado pelas altas registradas nos grupos Alimentação e Bebidas, Educação e Despesas Pessoais. No geral, sete grupos que compõem o IPCA/Brasília registraram contribuição positiva com o resultado geral, imputando 1.04 ponto percentual. Desses, 0.83 ponto percentual referente aos três grupos. Essa contribuição positiva foi arrefecida pela contribuição negativa (deflação) dos grupos Habitação -0.07ponto percentual e Transportes, de -0.28 ponto percentual.

Para Jusçanio, o grupo Transportes foi o segundo a apresentar deflação mensal, de -1,41% e contribuição de -0,28 ponto percentual ao índice geral. “A expectativa é que, com o realinhamento dos preços públicos, principalmente a energia elétrica, se possa ter um período de manutenção de valores e menor pressão sobre a inflação”.

INPC/Brasília

O resultado da inflação medida pelo IPCA/Brasília, em fevereiro de 2016, apontou desaceleração pelo segundo mês consecutivo e ficou abaixo da média nacional. Registrou variação de 0,69% e ficou 0.36 ponto percentual abaixo do índice do mês anterior, de 1,05%, e 0.26 ponto percentual abaixo do INPC/Brasil, de 0,95%. Em relação aos resultados regionais, Brasília foi a quarta menor variação, uma vez que Goiânia registrou variação de 0,68%; Campo Grande, 0,44% e Vitória, 0,40%. No ano, o INPC/Brasília atinge variação de 1,74% e em 12 meses, de 11,70%, a quarta maior variação das localidades pesquisadas.

No mês de fevereiro, coube destaque ao grupo Educação, ao registrar a maior variação mensal. De acordo com a análise, o grupo Alimentação e Bebidas também indicou significativa variação, a segunda maior do mês. Esses aumentos foram arrefecidos pelas deflações ocorridas no grupo Habitação e no grupo Transportes.

A tendência dos aumentos nos preços administrados ou monitorados perdeu fôlego em fevereiro, com o INPC/Brasília indicando a mesma variação registrada pelo IPCA/Brasília, “mas ainda impacta sobremaneira a renda das famílias de menor poder aquisitivo, pois a Alimentação foi o grupo que mais contribuiu para o resultado do mês”, destacou o diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Companhia, Bruno de Oliveira Cruz.

Segundo os Grupos que compõem o INPC/Brasília, o resultado de janeiro apurado pelo IBGE mostra em destaque os aumentos ocorridos no grupo Educação, de 5,23% e no grupo Alimentação e Bebidas, de 1,60%, grupos que acumulam no ano variações de 5,66% e de 3,74%, respectivamente, e em 12 meses, de 9,78% e 14,92%. Para o resultado da inflação mensal, o grupo Alimentação e Bebidas continua sendo o que mais contribuiu, 0.41ponto percentual, seguido do grupo Educação, com 0.17 ponto percentual.

Em relação aos resultados regionais, Brasília foi a quarta menor variação, uma vez que Goiânia registrou variação de 0,68%; Campo Grande, 0,44% e Vitória, 0,40%. No ano, o INPC/Brasília atinge variação de 1,74% e em 12 meses, de 11,70%, a quarta maior variação entre as 13 localidades onde o IBGE realiza a pesquisa.

ICDF

De acordo com o economista, João Bosco, da Ceasa, oÍndice Ceasa do Distrito Federal – ICDF registrou variação positiva na média geral dos preços de 5,70% no mês de fevereiro comparado com o mês anterior.
Ao fazer a análise da inflação dos produtos hortifrutigranjeiros no DF, disse que o setor de frutas apresentou aumento de 3,93%. O setor de legumes registrou inflação de 8,91%. No de VERDURAS, o aumento foi de 9,52%. Já no setor de OVOS E GRÃOS, foi percebida variação de 5,19%.

Tendências

O grande volume de chuvas e o período de Quaresma, segundo João Bosco, tendem a retardar a queda dos preços de alguns produtos até o mês de abril. É o caso do tomate, que deve permanecer apreciado até que as lavouras sejam renovadas após o período de excesso de chuvas.

Ele afirmou ainda que cenoura, que tem valores elevados, tende à desvalorização provocada pela colheita de lavouras do DF e Entorno, o mesmo acontece com as verduras, especialmente folhosas, que tendem a manter os preços nos próximos dias. “A Maçã fuji tende a cair de preços, ao contrário do melão que, devido a problemas de mão de obra, vai ficar mais caro”, completou.

IPCA de fevereiro

Reportagem: Eliane Menezes
Foto: Toninho Leite

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