Inflação no DF (0,17%) é inferior à nacional (0,53%), e reduziu-se nos últimos doze meses para 7,13%

Pelo terceiro mês consecutivo, o Distrito Federal registrou a menor variação de preços entre as regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Em junho de 2021, a inflação da capital federal foi calculada em 0,17%, percentual que também é inferior ao valor divulgado para o Brasil (0,53%). Em 12 meses, a inflação acumulada no DF reduziu-se para 7,13%, enquanto a média nacional ficou em 8,35%.

O comportamento do IPCA do Distrito Federal em junho de 2021 reflete, principalmente, as contribuições positivas dos grupos Saúde e cuidados pessoais, cuja variação de 0,67% no mês de referência adicionou 0,09 ponto percentual (p.p.) ao índice geral, e Habitação, com variação de 0,62% e contribuição de 0,08 p.p.. No primeiro grupo, o Plano de saúde (0,66% e 0,04 p.p.) foi o item de destaque e, no segundo, a Energia elétrica residencial (3,92% e 0,10 p.p.) teve o maior peso no resultado do mês em função do aumento da bandeira tarifária de vermelha de patamar 1 para patamar 2. Em compensação, a categoria de Alimentos e bebidas observou uma variação negativa de 0,24%, o que ajudou a reduzir em 0,04 p.p. o índice geral.

Os demais grupos tiveram contribuições menos expressivas: Artigos de residência (1,30% e 0,04 p.p.), Transportes (0,08% e 0,02 p.p.), Educação (0,05% e 0,00 p.p.), Despesas pessoais (-0,01% e 0,00 p.p.), Comunicação (-0,25% e -0,01 p.p.) e Vestuário (-0,51% e -0,02 p.p.)

O índice, que é divulgado mensalmente, acompanha a variação dos preços de bens e serviços comprados pelo consumidor final e é o indicador oficial da inflação no país.

O pesquisador Renato Coitinho da Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan analisa que “O Distrito Federal vem constantemente apresentando as menores variações de preços entre as regiões pesquisadas pelo IBGE, variação que só não foi menor pelo fato de a Passagem Aérea ter apresentado uma variação de 5,76% (0,04 p.p.) no mês e ter elevado peso na cesta de consumo da capital. Outro ponto positivo é que os gêneros alimentícios tiveram retração nos preços praticados no DF, assim como a Gasolina, o que ajuda a aliviar a pressão sobre as famílias de mais baixa renda. No entanto, a crise hídrica que o país está passando tem um elevado potencial inflacionário, pois incentiva ajustes na conta de Energia elétrica residencial.”

O INPC registrou variação positiva de 0,14% para o DF, percentual que é o menor entre as regiões pesquisadas e abaixo da média nacional, que foi de 0,60%. O INPC mensura a inflação para uma faixa salarial mais baixa da população brasileira (até 5 salários mínimos) que a do IPCA (até 40 salários mínimos). O comportamento desse índice reflete, majoritariamente, a inflação dos itens de Habitação (0,52% e 0,10 p.p.), cuja participação no INPC é maior que no IPCA.

Jean Lima, presidente da Codeplan, comenta que a variação de preços para os diferentes estratos sociais do Distrito Federal, calculada pela Codeplan, evidencia que os 25% mais ricos da capital foram os que perceberam a maior inflação em junho de 2021, observando uma variação de 0,21% no mês, refletindo o aumento na Passagem Aérea, item com peso maior no orçamento das famílias dessa faixa de renda que nas demais, e que a categoria Alimentos e bebidas, a que mais caiu no mês, ter um peso menor. As faixas de renda Média-alta (0,10%), Média-baixa (0,17%) e Baixa (0,15%) tiveram um percentual menor calculado no período.

Acesse aqui a Apresentação do Boletim_IPCA_INPC

Acesse aqui o Boletim_IPCA_INPC

Acesse aqui o vídeo da apresentação

Reportagem: Renata Nandes – Assessoria de Comunicação Social/Codeplan

Foto: Tony Winston – Agência Brasília