Governo do Distrito Federal
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9/12/20 às 10h22 - Atualizado em 9/12/20 às 10h39

O Distrito Federal registra menor inflação entre as regiões

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No mês de novembro, o DF avançou 0,35% na inflação dentre as dezesseis regiões pesquisadas

 

No mês de novembro, a inflação de Brasília alcançou 0,35% conforme aponta o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo a menor variação entre todas as regiões pesquisadas.

 

Dos nove grupos pesquisados, a maioria deles, cinco, apresentaram alta nos preços. Novamente, o aumento foi no ramo alimentício (incluindo bebidas) e transporte. Se tratando de redução no mês de referência, o ramo da saúde, cuidados pessoais e vestuário tiveram destaque.

 

Em termos de subitens, o maior encargo foi dado por Passagens aéreas (+13,80%), acrescentando 0,12 p.p. ao índice geral. Tudo isso em decorrência, entre outras causas, do aumento na procura de viagens após o relaxamento do isolamento social e dado o grande número de feriados no mês, além da alta do dólar que pressiona os custos do transporte aéreo. Já a gasolina (que, normalmente, figura entre produtos com variação positiva), acumulou queda de 0,68% nos preços praticados no mês de novembro, contribuindo para uma redução de 0,05 p.p. no índice geral da inflação no DF.

 

Se tratando de itens alimentícios, a Batata-inglesa (+42,67%) e a Carne suína (+10,54%), estão entre os produtos que puxaram a inflação do mês, contribuindo positivamente com 0,04 p.p. e 0,03% p.p., respectivamente. As carnes (+8,48%), no geral, cooperaram com +0,14 p.p. no IPCA de novembro, possivelmente em função do aumento das exportações de proteína animal, que cresceu 5,6% em relação ao mês anterior, outubro, e 22,9% em relação a novembro de 2019, e do aumento dos custos, visto que as altas sofridas nos últimos meses pela soja e pelo milho encarecem o custo da ração e, por consequência, o custo de manutenção dos rebanhos.

 

De janeiro a novembro de 2020, Brasília registrou alta de 2,26% na inflação, valor que ainda permanece abaixo do índice nacional, que foi de 3,13%, e do limite inferior da meta da inflação imposta pelo Banco Central (2,50%).

 

Já o Índice Nacional de Preços do Consumidor (INPC) de Brasília apresentou inflação de 0,51%, ficando acima do percentual registrado pelo IPCA da Capital.

 

O resultado foi conduzido através dos mesmos itens destacados no IPCA, com pequenas diferenças em cada um deles, devido aos pesos atribuídos a cada produto. Tendo em vista que INPC mensura a inflação para uma faixa salarial mais baixa da população brasileira (até cinco salários mínimos) que o IPCA (até 40 salários mínimos).

 

Em relação ao ano, o INPC da Capital é menor que o das outras regiões pesquisadas, com variação de 2,98%, ficando novamente atrás da inflação nacional (3,93%).

 

Se referindo ao Índice CEASA do Distrito Federal (ICDF), o mesmo teve variação total de índice geral de 6,51%, com aumento forte no percentual das verduras (29,10%).

 

Apesar da alta, no último trimestre do ano é esperado um aumento de preços por vários motivos, tanto mercadológicos, quanto de custo e de volume de produção, o que acaba refletindo em preços mais altos.

 

Para Clarissa Schlabitz, Diretora de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas, existem três pontos que influenciam a alta da inflação: “acho que a influência do dólar que acaba gerando esse movimento de alta e acaba influenciando muitos insumos, principalmente nos de produtos industriais, mas também existem outras questões, como o aumento da gasolina, diesel e também de custo para passagens aéreas, todos acabam influenciando o aumento da inflação…”.

 

Reportagem: Kaszenlem Rocha, com supervisão de Renata Nandes

Fotos: Tony Winston, Agência Brasília

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