Análises sobre as várias áreas do Distrito Federal foram apresentadas nesta quarta (14/11), na Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), para mostrar os cenários até 2025 no Distrito Federal.
Ao dar início à divulgação, Lucio Rennó, presidente da Companhia, destacou a importância da parceria entre as diretorias da Casa ao se debruçarem nas análises com tendência de cenários futuros nas áreas de saúde, habitação, demografia, mobilidade, economia e de transporte para o Distrito Federal. Ele espera que os cenários apresentados possam contribuir com a gestão de políticas públicas para a região de todo o Distrito Federal.
Saúde e Educação
Julia Modesto, gerente de Estudos e Análises de Proteção Social, falou sobre o cenário na Educação e Saúde. Ela afirmou que, a partir de 2025, a população do DF tende a crescer, porém em ritmo menor, uma vez que a estrutura populacional está envelhecendo. “Enquanto a população de crianças e jovens diminui, a população idosa cresce, o que requer maior demanda nos sistemas de saúde da família, com mais equipes de saúde, mais leitos clínicos e cirúrgicos para atender os parâmetros do Ministério da Saúde”, explicou Julia Modesto.
Com relação à educação, Julia disse que, além do DF, tem-se a região metropolitana, por isso é preciso aumentar em 69% as matrículas, criar mais creches, pré-escolas, ensino médio para atender as metas dos Plano Nacional de Educação e Local.
Habitação
Sérgio Jatobá, gerente de Estudos Urbanos, fez um panorama da habitação no DF, seguindo a metodologia da Fundação João Pinheiro, que indicou déficit de moradias. “A partir dos dados, foi feito cálculo abrangendo os anos de 2011 a 2015, o que mostrou preponderância das habitações precárias, da falta de saneamento, com famílias coabitando no mesmo domicílio e dispendendo mais de 30% da renda com aluguel. Isso, nas Regiões Administrativas com menor renda”, apontou Jatobá.
Demanda de passageiros
Sobre o levantamento da demanda do serviço básico por ônibus, o economista Carlos Chagastelis disse que, apesar da crise econômica, o número de veículos caminha em sentido contrário: todos os anos há um crescimento da frota de veículos no DF. A demanda do sistema de transporte público coletivo tende a crescer.
Projeções econômicas do DF
Em relação à inflação, o economista João Renato Lerípio lembrou que, a greve dos caminhoneiros acabou impactando a inflação, somando-se a isso os aspectos políticos, econômicos. João Renato afirmou que, com o fim do processo eleitoral, espera-se menor volatilidade, e para o ajuste fiscal, é necessário que se estabilize a relação dívida-PIB, com esforço estimado em R$ 300 bilhões ou 4% do PIB brasileiro. “Em 2018, o processo de recuperação foi mais lento do que o esperado. Com o mercado de trabalho apresentando-se ocioso. A economia global cresce, mas aumentam as incertezas”, acrescentou.
Panorama Habitacional prospectivo para o DF – 2020-2025
Reportagem: Eliane Menezes
Foto: Toninho Leite
Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Em Liquidação)
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