Em 2010, no Distrito Federal, o percentual de jovens entre zero e 17 anos extremamente pobres era de 2,6%. Entre eles, 5.467 crianças entre zero e quatro anos (2,9%), 12.931 crianças e adolescentes entre cinco e 14 anos (3,1%) e 2.919 adolescentes entre 15 e 17 anos (1,3%). Ao todo, representavam 45,8% da população extremamente pobre.
Espera-se que as crianças sejam alfabetizadas na pré-escola ou nas primeiras séries do Ensino Fundamental. No DF, o percentual de não alfabetizados é menor que 1% entre as pessoas de 11 a 17 anos. Na faixa etária de seis a dez anos, esse percentual é formado principalmente por crianças de seis e sete anos (24,9%), e não atinge 5% entre as crianças de oito a dez anos. Vale ressaltar que esse percentual em todas as faixas etárias foi maior no meio rural do que no urbano.
Quanto maior a faixa etária, maior era o percentual de pessoas que frequentava a escola, exceto na faixa de 15 a 17 anos, que é menor do que na faixa de seis a 14 anos. O decréscimo da frequência na faixa etária Ensino Médio pode indicar o abandono da escola nesse nível educacional.
Pelo Censo 2010, verifica-se que o percentual de jovens economicamente ativos aumenta com a idade. A existência de jovens entre dez e 13 anos responsáveis pelo domicílio onde moravam também pode ser observada, o que indica a existência de trabalho infantil, mas os dados da PNAD/IBGE revelam que, de 2009 para 2011, no Distrito Federal, o trabalho infantil caiu 58% (de 1,37% para 0,57%) na faixa de 10 a 14 anos.
Os novos direitos da infância e adolescência impõem ao poder público, à sociedade e à família um novo olhar sobre os serviços necessários ao seu desenvolvimento. No DF, crianças e adolescentes representam mais de ¼ da população, o que sugere políticas públicas específicas como a melhoria do ensino e a superação da pobreza.
Artigo publicado, também, no Jornal de Brasília (19.04.2013)