Governo do Distrito Federal
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11/05/18 às 11h22 - Atualizado em 29/10/18 às 11h54

Gasolina influencia inflação em Brasília

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O IPCA/Brasília registrou avanço de 0,40% no mês de abril em comparação a março. No Brasil, esta variação foi de 0,22%. A diferença é explicada em grande medida pelo comportamento do grupo Transportes, que apresentou variação bem superior em Brasília (0,65%) quando comparada à média nacional (0,0%). Mais especificamente, houve avanço de 3,74% no preço da gasolina em Brasília, enquanto no Brasil o avanço foi de apenas 0,26%.

 

Os dados foram divulgados pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), nesta quinta-feira (10), com base em levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

João Renato Lerípio destacou que a elevação dos preços pesou fortemente no bolso dos brasilienses. “O grupo de transporte aumentou 0,65%, enquanto não houve variação no resto do País.” Para o economista, isso ocorreu porque o valor da gasolina subiu.

 

Ele explica que o peso do combustível em Brasília é 30% maior do que em todo o Brasil, porque as distâncias percorridas aqui são maiores do que nas outras 12 capitais analisadas. Como o preço se elevou apenas no DF de março a abril, a diferença foi ainda maior.

 

Além disso, a energia elétrica teve influência de 0,022 pontos percentuais no IPCA. A gerente de Contas e Estudos Setoriais da Codeplan, Clarissa Jahns Schlabitz, justificou: “O aluguel tem peso muito maior, mas se manteve estável em abril, o que fez com que o aumento da conta de luz fosse sentido com mais força”.

 

Transporte e habitação foram os grupos que mantiveram as variações semelhantes no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado de 2018. Os valores são de 0,43% em Brasília e de 0,69% no Brasil.

 

Segundo os economistas, os grupos de transporte e de habitação têm peso ainda maior para os consumidores contemplados pelo INPC, de famílias com rendimento mensal de 1 a 5 salários mínimos. O IPCA mede famílias que recebem de 1 a 40 salários mínimos.

 

Índice Ceasa acompanha preços de 66 itens de hortifrutigranjeiros

 

O Índice da Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa) de abril também foi apresentado na Codeplan, com variação de 5,55% em relação a março. Ele acompanha os valores de 66 itens de hortifrutigranjeiros comercializados em Brasília.

 

Houve inflação devido principalmente aos legumes, que apresentaram majoração de 14,23%. Segundo o economista da Diretoria Técnico-Operacional da Ceasa João Bosco Soares Filho, a cebola, a abobrinha-italiana e a beterraba tiveram produção reduzida devido ao racionamento de água no Distrito Federal.

 

O grupo de frutas aumentou 2,09% por conta de uma entressafra. Isso fez os produtores elevarem os preços da goiaba e do morango. Apesar do crescimento de 28,15% registrado para verduras, o setor não tem muito peso para o índice calculado. Já o grupo de ovos e grãos se manteve estável com variação de 0,06%, que não influencia o índice da Ceasa.

 

 

Ascom e Agência Brasília

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