Entre 2011 e 2011, além do aumento real do salário mínimo e da geração de milhões novos empregos, o número de famílias beneficiadas com a transferência de renda propiciada pelo Programa Bolsa Família atingiu mais de 13 milhões de famílias em todo o país, possibilitando que 30 milhões de pessoas saíssem da situação de pobreza.
De 2001 a 2011, no Brasil, segundo dados da PNAD/ IBGE, a classe C (pessoas com renda per capita de R$ 274,00 a R$ 961,00, em valores de 2011), cresceu de 39,6% para 50,4% da população. No DF, esse crescimento foi de 35,6% para 45,8% da população. Em 10 anos, saltou de 765 mil pessoas para 1,2 milhão de pessoas no Distrito Federal. Nesse mesmo período, a classe A/B cresceu de 29,5% para 37,6%, enquanto a classe D/E caiu de 34,9% para 16,6%, decorrente da redução da pobreza também no DF.
Em termos de escolaridade, em 2001, 40,1% das pessoas da classe C possuíam nove anos ou mais de estudo; em 2011, esse percentual subiu para 52,0%. No conjunto das classes no DF, esse percentual saltou de 43,4% para 58,3%. Já em relação à ocupação, a classe C subiu de 65,3%, em 2001, para 73,9%, em 2011.
Quanto aos bens de consumo, há um aumento dos domicílios com máquina de lavar (de 40,4% para 59,7%) e com microcomputador (de 11,6% para 55,6%), além de altos percentuais de domicílios com fogão, geladeira e televisão, acima de 94%. No DF, segundo a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD/2011, Codeplan, na classe C quase a metade (48,8%) das famílias possuem automóvel.
Com Lula e Dilma, a periferia passou a ter vez no Brasil. Apesar da elevação da qualidade de vida dos brasileiros, alguns setores minoritários conservadores teimam em olhar o Brasil pelo retrovisor de um passado distante, não republicano e escravista.
Artigo publicado no Jornal de Brasília em 21/12/2012