O endividamento do Distrito Federal é relativamente menor ao se comparar as outras unidades federativas. Foi o que apontou o economista Bruno de Oliveira Cruz, diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas, ao analisar no dia 06 de setembro, na Codeplan, o Boletim de Conjuntura Econômica do Distrito Federal e o Índice de Desempenho Econômico do Distrito Federal (Idecon-DF) referente ao segundo trimestre deste ano.
A análise do mercado de trabalho é feita a partir da Pesquisa de Emprego e Desemprego do DF e dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A inflação brasileira alcançou 4,39%, no mês de junho, no acumulado em 12 meses.
Na análise de Cruz, apesar da ociosidade, o mercado de trabalho avançou. Ele disse que a taxa de desocupação ficou em 12,4% frente a 13,1% no trimestre anterior de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Com relação ao déficit primário, o setor público consolidou-se, alcançando R$ 18,8 bilhões no segundo trimestre. Já no acumulado em doze meses, até junho, foi de R$ 89 bilhões, ou seja, 1,34% do Produto Interno Bruto.
O economista acrescentou que a queda na administração pública puxou o setor de Serviços para baixo, mas a pequena recuperação no comércio, de um por cento, é associada mais ao aumento da informalidade do que à economia propriamente dita.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para Brasília registrou deflação de 0,72%, e o principal responsável foi o grupo de Transportes, com queda nas passagens aéreas, na gasolina e no etanol. “Já o grupo Habitação registrou ligeira deflação advinda da energia elétrica”, afirmou Clarissa Jans Schlabitz, gerente de Contas e Estudos Setoriais.
Ela enfatizou que o IPCA acumulado em 12 meses voltou a ficar abaixo da meta de inflação e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) sofreu menor impacto da queda de preços das passagens aéreas, fechando o mês com -0,4% de variação mensal e 2,82% no acumulado em 12 meses, ficando o destaque para o grupo de alimentação e bebidas que teve queda nos preços pelo segundo mês consecutivo”.
ICDF
O Índice Ceasa do Distrito Federal (ICDF) foi divulgado também hoje (06/9) após a análise dos técnicos da Codeplan a exemplo de meses anteriores. O ICDF é baseado no acompanhamento de 66 itens da cesta de produtos hortifrutigranjeiros praticados pelo mercado atacadista no Distrito Federal.
E quem esteve analisando o índice da cesta de produtos foi o economista João Bosco, da Ceasa, que apontou leve aumento na média geral dos preços: 0,21% em agosto, comparado com o mês anterior. Entre os produtos comercializados no âmbito da Ceasa do DF, o setor de Frutas foi o único a apresentar aumento de 1,47%, destacando-se o limão Tahiti, 24,54%, seguido do maracujá, com 23,60% e da goiaba, 12,27%.
Para Bosco, a elevação no preço do limão se deve a chuvas em São Paulo e nos outros, produtos locais, devido ao período da entressafra. Nos demais setores, houve quedas. No setor de Legumes, queda de 3,33% e, no setor de Verduras, baixa de 8,68%. Na mesma linha de baixa foi o setor de Ovos e Grãos, com 5,37%.
Por último, ele disse que as condições meteorológicas tendem a permanecer até a chegada da Primavera. Citou o morango, com preço reduzido e a banana com possibilidade de queda em função da previsão de aumento da oferta do produto. Fazendo o caminho contrário, têm-se o limão e a laranja com tendência de aumento nos preços.
Reportagem: Eliane Menezes, da Codeplan
Fotos: Toninho Leite, da Codeplan
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