18/07/12 às 15h48 - Atualizado em 29/10/18 às 12h02
(18/07/2012 – 12:48)
Conhecer a evolução da mortalidade no Distrito Federal e em sua área metropolitana, suas similaridades e suas diferenças de forma a melhor orientar os gestores na adoção de medidas preventivas, principalmente em relação às causas de morte evitáveis, é um dos focos do trabalho lançado nesta manhã pela Codeplan, o Demografia em Foco 4 – A Evolução da Mortalidade no DF e na Área Metropolitana de Brasília (AMIB) entre 2000 e 2010. O estudo constatou, por exemplo, tanto no DF como na AMIB, que os homens morrem mais precocemente que as mulheres, sendo que esses diferenciais foram maiores na AMIB. A AMIB é formada pelos municípios de Águas Lindas de Goiás, Alexânia, Cidade Ocidental, Formosa, Luziânia, Novo Gama, Padre Bernardo, Planaltina, Santo Antônio do Descoberto, Valparaíso de Goiás.
Para o presidente em exercício da Codeplan, Salviano Guimarães, a disponibilização desse trabalho é fundamental para a elaboração de políticas públicas. “Os dados são importantes e demonstram que estamos em um processo de evolução na qualidade de vida da população. Já existe uma parceria do DF, Goiás e até de Minas Gerais, principalmente no incentivo à indústria. Se investirmos na geração de empregos na área vizinha ao DF e formação de mão de obra, teremos um desenvolvimento mais harmônico, com tendência de queda nas causas de mortalidade”, disse ele.
Para Júlio Miragaya, diretor de Estudos e Pesquisas, o lançamento do quarto volume da série sobre Demografia reforça a reconstrução da capacidade técnica da Codeplan, adiantando que a Empresa trabalha no volume quinto da série, voltado para a questão da fecundidade.
O estudo da mortalidade é importante na medida em que possibilita conhecer e acompanhar as mudanças epidemiológicas de uma população, além de contribuir para a formulação de políticas públicas para a área de saúde. Para a construção dos indicadores, a Codeplan utilizou os dados sobre mortalidade, coletados pelo Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM, do Ministério da Saúde).
No Distrito Federal ocorreram 10.840 óbitos em 2010, 26,5% a mais que o observado em 2000. Na AMIB, o número de óbitos em 2010 foi de 3.921, 56, 3% a mais que o verificado em 2000.
O estudo observou diferenças entre os grupos de causas de morte nas regiões: no Distrito Federal o grupo de doenças do aparelho circulatório foi o principal grupo de morte em todo o período; na região da Área Metropolitana Integrada de Brasília (AMIB), o principal grupo de morte foi o das causas externas.
Outro ponto a ser destacado é o fato das causas mal definidas ainda constarem entre as principais causas de morte nos municípios da AMIB, principalmente entre os óbitos do sexo masculino, o que aponta a necessidade de aprimoramento na definição das causas de morte, a fim de permitir melhores e mais efetivas políticas públicas com o intuito de reduzir os níveis de mortalidade na região.
As análises dos riscos de morte apontaram diferenças relevantes entre as regiões analisadas, apontando mudanças entre o risco de morte da população da região do DF e da AMIB. As taxas padronizadas revelaram que, em 2000, o risco de morte foi 7% maior para a população do DF quando comparado à população da AMIB. Em 2010, esse risco mudou, ou seja, o risco de morte para a população da AMIB passou a ser 18,5% maior que o do DF.
Veja a pesquisa, na íntegra, no link abaixo, ou em Publicações Técnicas – Demografia.
Fotos: Toninho Leite
Ascom/Nilva Rios