Governo do Distrito Federal
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13/06/16 às 21h38 - Atualizado em 29/10/18 às 12h02

Codeplan e Ceasa analisam indicadores para Brasília

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A atividade econômica no Distrito Federal registrou retração no primeiro trimestre de 2016 comparado a igual trimestre de 2015, de acordo com o Índice de Desempenho Econômico do Distrito Federal – Idecon. Também o Índice Ceasa do Distrito Federal – ICDF apontou variação negativa na média geral dos preços de maio, comparado com o mês anterior (-1,01%). Fazendo o caminho inverso, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC registraram aumento da inflação para Brasília. Esses indicadores foram divulgados nesta tarde, 13, por técnicos da Codeplan e da Ceasa.

Idecon

Apesar de negativo, o índice do DF (-1,5%), na comparação dos primeiros trimestres de 2016 com 2015, foi superior ao do Brasil (-5,4%), afirmou a chefe do Núcleo de Contas Regionais, da Codeplan, Sandra Regina Andrade Silva, ao fazer a apresentação do índice. Sandra Regina disse que o Idecon representa a sinalização do desempenho da economia do DF no trimestre do ano e indica apenas uma tendência de crescimento ou recuo da economia. Destacou que os setores da economia que apresentaram recuos em seus desempenhos foram, entre eles, a Agropecuária (-6,8%), setor que responde por 0,3% da atividade econômica local. No primeiro trimestre deste ano, o setor recuou 6,8% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e, no Brasil, caiu 3,7%.

“O índice negativo foi decorrente da redução da safra anual esperada para alguns dos principais produtos cultivados no Distrito Federal. Essa é a quinta taxa negativa consecutiva registrada na série histórica do indicador, que teve início em 2012”, explicou Sandra. Afirmou que outro setor foi a Indústria (-5,5%), que pesa 6,5% na economia do DF. O setor engloba a Indústria de Transformação, que teve queda de 8,4% e a Construção Civil, que caiu -5,7%, área que representa 4,2% do setor produtivo do DF e 65,4% do setor industrial.

Com relação ao Serviços, terceiro setor apontado por Sandra, apresentou variação negativa de -1,2% ante igual período de 2015, maior responsável pela dinâmica econômica do Distrito Federal, representando 93,3% da economia. A maioria das atividades econômicas do setor registrou variações negativas na comparação dos primeiros três meses de 2016 e 2015.

IPCA e INPC

Pelo segundo mês consecutivo, em maio deste ano, voltou a subir a inflação medida pelo IPCA/Brasília, ao registar variação de 0,45%. Esse índice ficou 0.02 ponto percentual acima da variação de abril, que foi de 0,43%. O IPCA/Brasil computou alta de 0,78% e aumentou em 0.17 ponto percentual em relação ao índice do mês anterior, bem mais elevado que o de Brasília, segundo análise feita pelo diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas, Bruno de Oliveira Cruz.

Entre os grupos que compõem o IPCA/Brasília, Saúde e Cuidados Pessoais foi o que mais aumentou, e quem mais contribuiu para o resultado geral do IPCA/Brasília foi o grupo Habitação, sendo que dois grupos apresentaram deflação: o de Transportes e Comunicação. O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980 e se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte. Abrange dez regiões metropolitanas do País, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.

Também o Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC/Brasília voltou a subir. Houve aumento da inflação em maio de 2016, passando de 0,39% em abril para 0,43%. Segundo Cruz, das 13 localidades pesquisadas pelo IBGE, somente Belém e Goiânia registraram desaceleração, e somente Goiânia apresentou variação inferior à de Brasília. As maiores variações mensais ocorreram em São Paulo, Porto Alegre e Fortaleza. A variação mensal contabilizada pelo INPC/Brasília, de 0,43%, assim como a acumulada no ano, de 2,71% e a acumulada em doze meses, de 9,13%, ficaram abaixo das respectivas médias nacional.

“No acumulado de doze meses, quatro localidades registraram inflação de dois dígitos. São elas: Fortaleza, Porto Alegre, Curitiba e São Paulo. Entre as 13 localidades pesquisadas, Brasília registra a menor variação acumulada no ano e a quarta menor no acumulado de doze meses”, pontuou Cruz. Ele disse ainda que, em 12 meses, o grupo que mais pesou foi Alimentos e Bebidas tanto para Brasília quanto para o Brasil. 

No que se refere ao INPC/Brasília, ele enfatizou que a variação registrada em maio de 2016, de 0,43%, foi 0.04 ponto percentual superior à de abril, mas da média Brasil, inferior ao IPCA/Brasília e foi a segunda menor entre as 13 localidades onde o IBGE realiza a pesquisa. Somente Goiânia registrou variação menor. No INPC/Brasília, a maior variação mensal também ocorreu no grupo Saúde e Cuidados Pessoais, contudo, a maior contribuição para o resultado geral foi do grupo Alimentação e Bebidas, por ter maior peso na estrutura de gastos das famílias que recebem de um a cinco salários mínimos. Pelo INPC/Brasília, três grupos indicaram deflação mensal. Foram Artigos de Residência, Transportes e Comunicação.

IC/DF

Segundo o economista João Bosco, da Ceasa, ao fazer análise dos itens de hortifrutigranjeiros, disse que o índice registrou variação negativa na média geral dos preços (-1,01%) no mês de maio comparado com o mês anterior.

Entre os produtos comercializados no âmbito da Ceasa/DF, o setor de frutas apresentou leve aumento, de 0,70%, o setor de legumes, queda de -4,33%. No de verduras, houve a depreciação de -10,52%, e, no setor de ovos e grãos, foi percebida leve variação de -0,67%.

A análise é feita com base no índice CEAGESP e tem por objetivo demonstrar o movimento dos preços praticados pelo mercado atacadista no Distrito Federal, refletindo a real situação de mercado dos principais produtos comercializados no entreposto de Brasília/DF, oriundos do DF, RIDE e demais estados do Brasil.

Bosco disse que a entrada do período de inverno tende a alterar a oferta e a demanda por alimentos. “No Setor de Verduras, os preços tendem a seguir caindo, pois o frio reprime a demanda e impulsiona a produção. No Setor de Frutas, a goiaba ainda tende ao aumento de preços nos próximos dias, devido à entressafra. O retardo na maturação dos frutos, devido ao frio, pode fazer com que o mamão-formosa volte a valores mais altos”.

 

Reportagem: Eliane Menezes
Foto: Toninho Leite

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