Governo do Distrito Federal
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9/06/22 às 14h59 - Atualizado em 9/06/22 às 14h59

Com a chegada da bandeira verde de consumo de energia, DF registra inflação de 0,31%

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Apesar de alta, a média foi menor que a de abril (1,21%) e se manteve abaixo da nacional (0,47%)

 

O Distrito Federal registrou alta de preços de 0,31%, conforme aponta a mensuração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apresentado nesta quinta-feira (9/6) pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) e divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo assim, a inflação segue desacelerando na capital federal, com queda em maio. O percentual da capital é o sexto menor dentre as 16 regiões pesquisadas e se manteve abaixo da média nacional (0,47%).

 

A exemplo dos meses anteriores, a pressão inflacionária foi puxada pelo grupo de Transportes (+1,05% e +0,26 p.p.), com destaque no reflexo do aumento das passagens aéreas (+16,69% e + 0,13 p.p.) e do Automóvel novo (1,64% e 0,07 p.p.). Outro grupo que influenciou a subida dos preços no índice geral foi Saúde e cuidados pessoais (+0,96% ou +0,12 p.p.), refletindo aumentos em remédios e produtos de higiene pessoal.

 

No acumulado em 12 meses, o IPCA do Distrito Federal acumula alta de 10,85%, percentual abaixo da variação do Brasil, calculada em 11,73%, porém ainda acima do limite superior da meta de inflação estipulada pelo Banco Central do Brasil (BCB) para 2022 (5,00%).

 

Detalhando o impacto da inflação por faixa de renda, a Codeplan estimou uma deflação de -0,56% e uma inflação para os 25% mais pobres em maio de 2022 e de +0,33% para os 25% mais ricos do Distrito Federal.

 

A pesquisadora Jéssica Milker, da Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, explica os resultados do mês: “A desaceleração da inflação em maio já era esperada diante da sazonalidade do período e da interrupção da cobrança de taxa adicional sobre a conta de luz. Ainda assim, por conta do comportamento do preço das passagens aéreas, a variação do IPCA veio acima daquela observada em maio de 2021 na capital federal. Já a nível nacional, surge uma esperança. A inflação acumulada em 12 meses recuou pela primeira vez em 2022. No entanto, ainda é cedo para poder afirmar que esse é um primeiro indício de que a inflação vai começar a ceder diante dos esforços do Banco Central do Brasil de conter as altas dos preços mediante o desestímulo ao consumo e ao investimento em decorrência da elevação da taxa básica de juros, a Selic”, explica Milker.

 

DECLINIO DE PREÇOS

O grupo de Habitação (-2,26% ou -0,30 p.p.) atuou para evitar que a inflação do período fosse ainda maior. O comportamento pode ser explicado pelo início da bandeira verde de consumo de energia, que não acresce cobranças adicionais na conta de luz, em maio. Esse foi o primeiro mês desde setembro de 2021 a ter a bandeira, uma vez que em abril a mesma entrou em vigor na segunda quinzena do mês.

 

ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR (INPC)

O INPC evidenciou deflação no Distrito Federal. O resultado reflete uma contribuição menor por parte dos Transportes (+0,16 p.p.) dada a menor participação da Passagem aérea no orçamento do público desse índice e uma retração mais intensa advinda dos itens de Habitação (-2,48% e -0,47 p.p.), principalmente, o da Energia elétrica residencial (-13,15% e -0,55 p.p.).  Em 12 meses, o DF registra alta de 11,06% e o Brasil, 11,90%. Vale lembrar que diferentemente do IPCA que mede. Vale lembrar que, diferentemente do IPCA que mede a inflação para as famílias que ganham até 40 salários, o INPC mensura os preços para as famílias que recebem até cinco salários mínimos.

 

Acesse aqui o vídeo da apresentação

 

 

Matéria: Assessoria de Comunicação Social da Codeplan

Foto: André Borges, Agência Brasília

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