Osvaldo Russo – Diretor de Estudos e Políticas Sociais da Codeplan
O Distrito Federal, comparado com as outras unidades da Federação, tem posição destacada em termos de condições sanitárias adequadas. De acordo com dados do Censo Demográfico 2010, do IBGE, 95,1% dos domicílios do DF são abastecidos por rede geral, ainda que na área rural esse percentual seja de 24%.
A situação é mais preocupante em Planaltina e Sobradinho II, que apresentam cerca de 550 domicílios rurais com fontes de água não especificadas, e no Gama e Ceilândia, com 350 domicílios rurais nessa condição. É importante verificar se os domicílios abastecidos por poços ou nascentes possuem sistemas adequados de captação de água, e quais são as fontes não especificadas de abastecimento dos demais.
Na área urbana, apesar da ampla abrangência de domicílios abastecidos por rede geral de água, ainda existem algumas Regiões Administrativas carentes desse serviço. No Jardim Botânico, Sobradinho II, Sobradinho, Vicente Pires e Lago Norte menos de 90% dos domicílios são abastecidos por rede geral.
Quanto ao tipo de esgotamento sanitário, 88,9% dos domicílios possuem esgotamento sanitário adequado, dos quais 80,5% por rede geral de esgoto ou rede pluvial e 8,4% por fossa séptica. Na área urbana, as regiões administrativas com maior percentual de domicílios sem esgotamento sanitário adequado são: SCIA/Estrutural (84,1%), Vicente Pires (52,7%), Planaltina (30,1%) e Sobradinho II (29,6%).
A situação mais preocupante está na área rural, onde 67,1% dos domicílios não possuem esgotamento sanitário adequado. A maioria possui fossas rudimentares, que apresentam risco de contaminação da água dos lençóis freáticos e, consequentemente, risco de veiculação de várias doenças. As regiões com maior número de domicílios rurais sem esgotamento sanitário adequado são: Planaltina, Brazlândia, Ceilândia e Gama.
03 de setembro de 20113, Jornal de Brasília