Combustíveis e aquisição de veículo próprio são os principais responsáveis pela elevação do índice
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou variação de 0,34% em julho no Distrito Federal, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é a segunda variação positiva consecutiva, mas é menor que o observado em junho, de 0,46%. O resultado é o sexto menor do país entre as regiões pesquisadas, atrás da Grande Vitória (0,21%), Rio de Janeiro e São Paulo (0,24%), Goiânia (0,25%) e Aracaju (0,31%). A inflação no Brasil ficou em 0,36% em julho.
No acumulado do ano, o Distrito Federal apresentou o quinto menor resultado (-0,07%) entre as regiões pesquisadas, atrás apenas de Goiânia (-0,91%), Curitiba (-0,29%), Porto Alegre (-0,12%) e São Luís (-0,06%), e menor que a inflação acumulada nacional, de 0,46%.
O índice, divulgado mensalmente, mostra a variação dos preços de produtos e serviços e é o indicador oficial da inflação no país. O resultado do Distrito Federal reflete a alta nos preços de itens como combustíveis (3,73%), principalmente a gasolina (3,60%); e veículo próprio (0,55%), com aquisição de automóvel novo (0,95%). A queda nos preços de tubérculos, raízes e legumes (-24,95%), com destaque para o tomate (-32,31%), a batata-inglesa (-30,54%) e a cenoura (-39,76%) contribuiu para segurar a inflação.
Ao analisarmos a inflação por grupos, os Transportes foram os que mais contribuíram para a alta inflacionária de julho (1,33%). Saúde e cuidados pessoais (0,35%) e Habitação (0,32%) também influenciaram positivamente o índice. Por outro lado, Alimentos e bebidas (-0,31%), Vestuário (-0,73%) e Educação (-0,15%) colaboraram para equilibrar a inflação de julho.
A gerente de Contas e Estudos Setoriais da Codeplan, Jéssica Filardi Milker, comentou o resultado dos índices inflacionários do DF: “A alta no preço da gasolina, mais uma vez, foi o item com maior contribuição positiva para o indicador de inflação local e reflete o reajuste de preços nas refinarias anunciado pela Petrobras, que elevou em 4% o preço da gasolina e em 6% o do diesel. Por sua vez, itens alimentícios como batata-inglesa e tomate, que estão com alta na produção, tiveram seus preços reduzidos, contribuindo para que a inflação local não fosse ainda maior.”
ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR (INPC)
O INPC, que mede a inflação das famílias de renda mais baixa (até 5 salários mínimos), registrou inflação de 0,40% em julho. O valor está abaixo do resultado nacional (0,44%) e é o sétimo menor índice do país, atrás de Goiânia (0,36%), São Paulo (0,34%), Recife e Aracaju (0,31%), Grande Vitória (0,30%) e Rio de Janeiro (0,26%).
No acumulado no ano, o INPC do Distrito Federal (0,09%) apresenta o quarto menor índice entre as regiões pesquisadas, atrás de São Luís (-0,11%), Curitiba (-0,18%) e Goiânia (-0,52%), e menor que o nacional (0,80%).
O indicador do INPC apresentou alta superior à do IPCA pelo fato de que alguns itens que apresentaram alta de preços no período terem participação maior na cesta de consumo das famílias de renda mais baixa que as pesquisadas no IPCA, como aluguel e taxas (0,58%), especialmente aluguel residencial (0,63%); higiene pessoal (1,20%), principalmente perfume (4,07%); e carnes (3,13%), com destaque para a costela (5,27%). Assim como no IPCA, a maior redução foi no preço dos tubérculos, raízes e legumes (-26,80%).
A análise por grupos do INPC mostra que os Artigos de residência (1,23%) e os Transportes (1,07%) apresentaram as maiores altas no mês, este último com peso mais elevado na cesta de consumo local. A Saúde e cuidados pessoais (0,70%) também registrou aumento. As Despesas Pessoais apontam variação de 0,24%, enquanto na cesta do IPCA, o resultado do grupo era negativo (-0,03%). As quedas foram observadas nos grupos Vestuário (-0,67%) e Educação (-0,20%).
Veja a íntegra do Boletim_IPCA_INPC
Reportagem: Lucas Almeida, com supervisão de Renata Nandes
Foto de Capa: Gabriel Jabur/Agência Brasília
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