O Distrito Federal teve a terceira maior alta mensal do país, com +1,01%, superado apenas por Salvador (+1,34%) e Rio (+1,16%). No ano de 2013, a inflação do DF atingiu 5,97% e foi a quinta mais alta no ranking do Brasil, perdendo para Recife (6,86%), Fortaleza (6,38%), Rio (6,16%) e São Paulo (6,09%). Esse foi o resultado da análise da inflação do último trimestre de 2013 e anual, divulgado hoje, 10.1, pela Codeplan, com base nos dados divulgados, nesta manhã, pelo IBGE.
Para o presidente da Codeplan, Júlio Miragaya, o índice surpreendeu um pouco, de forma que o acumulado do ano, no Brasil, fechou em 5,91% contra 5,84% em 2012. Apesar do índice do DF ter ficado levemente acima do índice para o Brasil, ele está dentro da meta de inflação do governo federal, que foi de 6,5%. Mesmo assim, Miragaya disse que se deve olhar os números com certa cautela. “Espero que os analistas vejam os números com cautela, pois existe uma pressão grande em favor do aumento da taxa de juros, o que implica penalizar toda a sociedade”.
Os grupos que mais pressionaram o aumento do índice em dezembro foram Transportes (+3,03%), Alimentação e Bebidas (+1,31%), Despesas Pessoais (+1,30%) e Comunicação (+1,11%). Os que registraram baixa foram Vestuário (-0,40%), Habitação (-0,34%) e Artigos de Residência (-0,21%).
Segundo o economista Newton Marques, são vários os fatores que contribuíram para a alta de alguns grupos. Os vilões da vez são os itens Transportes, que subiu (+3,03%) quando foi pressionado pelo aumento das passagens aéreas (+10,28%) e dos combustíveis (+2,74%) e a alimentação, fora do domicílio, que subiu 1,61%, puxada pela redução da oferta de muitos produtos como verduras, raízes, tubérculos e outros.
Já o grupo Despesas Pessoais registrou média de 1,5%, subindo 1,30% em função do aumento dos preços do item Lazer e Recreação.
Em 12 meses, tanto no DF quanto no Brasil, os grupos de Despesas Pessoais, Educação e Alimentação e Bebidas foram os que acumularam as maiores elevações no período.
No ano de 2013, as variações do IPCA DF (5,97%) ficaram muito próximas ao IPCA Brasil(+5,91%), bem como as variações dos seus principais grupos como Alimentação e Bebidas (no DF 8,43% e no Brasil 8,48%), Transportes (4,45% e 3,29%, respectivamente), e Despesas Pessoais (8,98% contra 8,39%). Apenas o grupo Artigos de Residência teve um comportamento diferenciado. Enquanto no DF aumentou 5,09%, no Brasil subiu 7,12%.
O IPCA Brasil acumulado em 12 meses ficou em 5,91%, dentro da meta de inflação do governo federal, que permite oscilação no intervalo entre 2,5% e 6,5%.
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Texto: Eliane Menezes e Nilva Rios
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