Aumento no preço de itens como gasolina, passagens aéreas, tomate e arroz elevaram o índice
O Distrito Federal registrou inflação de 1,02% em outubro, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que apresenta mensalmente a variação dos preços de produtos e serviços e é o indicador oficial da inflação no país. É o quinto maior resultado entre as regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), juntamente com Curitiba e atrás de Rio Branco, Belém, São Luís e Belo Horizonte, e acima da inflação nacional do mês, de 0,86%.
No acumulado do ano, a inflação do Distrito Federal foi de 1,91%, a quinta menor entre as regiões pesquisadas, atrás apenas do Rio de Janeiro, Curitiba, Goiânia e Porto Alegre, e abaixo do indicador nacional, de 2,22%.
Entre os fatores responsáveis pelo resultado, destaca-se o aumento nos preços dos combustíveis, especialmente a gasolina (3,40%), e das passagens aéreas (34,91%), ambos do grupo de Transportes, que também comporta o item com a mais expressiva queda para o índice geral, o transporte por aplicativo (-11,39%). Alguns alimentos também puxaram a inflação do mês para cima, como o tomate (37,86%) e o arroz (11,03%), enquanto o leite longa vida (-3,44%) e a cebola (-13,48%) ajudaram a controlar o índice.
Os grupos que apresentaram as maiores altas inflacionárias em outubro foram o de Transportes (2,31%) e de Alimentação e bebidas (1,79%). Dos nove grupos pesquisados, apenas o grupo Educação (-0,13%) registrou queda, ainda que tímida, contribuindo para que a inflação do mês não fosse ainda mais elevada.
O pesquisador da diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, Renato Coitinho, analisa o resultado de outubro do IPCA e do INPC do DF: “A inflação no mês se deveu-se principalmente à gasolina, prejudicada pela alta dos preços do etanol e do barril de petróleo, e à passagem aérea, cujos preços começam a se recuperar após terem caído mais de 50% no ano. Além disso, esses itens são encarecidos pela elevada taxa de câmbio atual, que também favorece a inflação de diversos itens de alimentação”.
ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR – INPC
A inflação do Distrito Federal medida pelo INPC apresentou variação de 1,04%, a sexta menor entre as regiões pesquisadas, atrás de Rio Branco, São Luís, Belo Horizonte, Curitiba e Campo Grande, e acima do índice nacional, de 0,89%.
No acumulado do ano, o INPC do Distrito Federal foi de 2,46%, o sexto menor entre as regiões pesquisadas, atrás de Porto Alegre, São Luís, Rio de Janeiro, Curitiba e Goiânia, e abaixo do índice nacional, de 2,95%.
Os itens que registraram as maiores altas e quedas nos preços foram os mesmos nos dois indicadores. O resultado do INPC pouco superior ao do IPCA deve-se ao fato de o grupo Alimentação e bebidas ter maior peso na cesta de consumo do primeiro indicador, que mensura a inflação para famílias com rendimentos de até cinco salários mínimos, enquanto o segundo indicador abrange até 40 salários mínimos.
No INPC, os grupos que apresentaram as maiores altas inflacionárias em outubro também foram o de Transportes (1,74%) e de Alimentação e bebidas (1,84%). Dos nove grupos pesquisados, apenas o grupo Educação (-0,03%) registrou queda, ainda que tímida, contribuindo para que a inflação do mês não fosse ainda mais elevada.
Acesse a íntegra do Boletim IPCA-INPC do mês de outubro
Reportagem: Lucas Almeida, com supervisão de Nilva Rios
Fotos: Toninho Tavares (interna) e Pedro Ventura (capa), Agência Brasília
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