A inflação no Distrito Federal, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou variação positiva de 0,24% em maio. O número representa uma queda de 0,30% em relação a abril, quando a taxa foi de 0,57%.
O porcentual registrado no DF foi menor do que a média nacional (0,31%). Os setores com deflação foram artigos de transporte (-0,68%) e de comunicação (-0,06%). Já a maior alta ficou com os itens: habitação (0,99%), artigos de residência (0,46%) e despesas pessoais (0,31%).
Na medição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), Brasília apresentou alta de 0,21% em maio. Em relação ao Brasil, o resultado ficou 0,15% abaixo da variação medida no País (0,36%). Entre os itens que apresentaram deflação no INPC estão os grupos de comunicação (-0,08%), alimentação e bebida (-0,21%) e transporte (-0,34%). Os setores com variação positiva foram: habitação (0,77%), saúde e cuidados pessoais (1,09%) e artigos de residência (0,47%).
A Codeplan, além das análises para os índices IPCA/INPC do mês de maio, calculados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 13 capitais, apresentou ainda o desempenho da economia local, por meio do Índice de Desempenho Econômico do DF (Idecon), calculado desde 2012 pela Companhia. Ainda na mesma coletiva, a Ceasa apresentou os preços dos hortifrutigranjeiros distribuídos pela Central relativos ao mês de maio.
Retração da economia foi de 1,6% no 1º trimestre
Segundo o Idecon, a economia de Brasília sofreu redução de 1,6% no primeiro trimestre de 2017 em relação ao mesmo período de 2016. Essa foi a nona taxa negativa consecutiva registrada na história do indicador desde 2012. Contribuíram para esse resultado as variações negativas nos setores industrial (-2,8%) e de serviços (-1,5%). A agropecuária cresceu 10,1%.
Os dados mostram que, no período analisado, o desempenho da atividade econômica do DF foi mais recessivo que o nacional. Embora o Brasil (15,2%) e o DF (10,1%) tenham registrado variações positivas no setor agropecuário, o impacto nos índices gerais não foi o mesmo. Enquanto no PIB brasileiro a Agropecuária contribuiu com 0,8 ponto percentual, no Idecon-DF, a contribuição do setor foi de 0,05 ponto percentual. Esse efeito é explicado pela estrutura produtiva local, onde a participação na economia brasiliense da Agropecuária é de 0,4%, a da Indústria, de 6,6% e a de Serviços, de 92,9%. Assim, as atividades de serviços que registraram variação negativa de -1,5% exerceram maior influência sobre o índice geral do DF do que a expansão da agropecuária.
Pontos favoráveis para a economia foram as reduções da taxa básica de juros e da inflação. A taxa básica de juros anual foi reduzida em fevereiro (13,00% a.a.) e março (12,25% a.a.) de 2017 . A inflação no DF, acumulada em 12 meses, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), encerrou março de 2017 em 4,51%, inferior aos 8,79% acumulados de abril de 2015 a março de 2016. O IPCA nacional computou taxas de 4,57% e 9,39% nos mesmos períodos.
Ceasa aponta queda nos hortifrutigranjeiros
Em maio, os preços dos hortifrutigranjeiros distribuídos pela Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa) caíram 6,31%. O índice foi apresentado pelo economista João Bosco Soares Filho.
As frutas sofreram redução de 6,65%, com destaque para mamão Formosa (-29,75%) e laranja-lima (-21,59%). Em contrapartida, o morango apresentou alta de 21,75%.
Já o setor de legumes registrou variação mensal negativa de -5,16%. O maxixe teve a maior queda de preço (-41,13%), seguido do jiló (-36,02%), do pepino (-29,41%) e do tomate (-21,10%). As maiores altas foram para a abobrinha Itália (29,61%) e pimentão verde (26,14%).
As verduras caíram 12,23% com a queda no preço do milho verde (-3,58%), repolho (-20,52%) e as alfaces americana e lisa (-20,91%). Os ovos e grãos apresentaram variação de 0,02%.
Ascom e Agência Brasília
Foto: Toninho Leite
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