O Programa Renda Jovem de Cidadania visa garantir a permanência dos jovens no Ensino Básico, a partir da transferência de um benefício no valor de R$ 200 mensais e de outro depositado em conta poupança no valor de R$ 100 mensais que somente poderá ser resgatado mediante comprovação do avanço do jovem à série subsequente ou à conclusão do Ensino Médio.
Segundo dados da amostra do Censo Demográfico 2010, no Distrito Federal, 84,6% dos jovens entre 15 e 17 anos em situação de pobreza (renda familiar mensal de até R$140,00 per capita) frequentavam a escola. Na faixa entre 18 e 19 anos, essa proporção cai para 47,6%, e diminui para 34,1% entre os jovens de 20 a 21 anos.
De acordo com os critérios de elegibilidade do programa, os jovens em situação de pobreza que frequentam escola ou que já frequentaram a escola, mas não concluíram os estudos, seriam os potenciais beneficiários do programa. Assim, entre os jovens que já frequentaram a escola, mas não frequentavam naquele momento, 84,8% daqueles na faixa entre 15 e 17 anos, 62,6% dos que têm 18 ou 19 anos e 27,9% dos que estão entre 20 e 21 anos poderiam ser elegíveis para o programa, caso voltassem a estudar.
Observa-se que 14.852 jovens de 15 a 21 anos em situação de pobreza no DF são potenciais beneficiários do programa. Isso corresponde a 60,1% dos jovens dessa idade em situação de pobreza e a 4,8% do total de jovens dessa faixa etária residentes no DF.
As Regiões Administrativas com maior concentração de jovens em situação de pobreza que seriam potencialmente beneficiários do programa são Ceilândia, Planaltina, Samambaia, Recanto das Emas e Santa Maria. É importante implantar o programa também no SCIA/Estrutural, no Paranoá e na área rural cujo número de potenciais beneficiários representa 11,1% do total de jovens residentes na área rural do DF.