Governo do Distrito Federal
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8/10/21 às 15h31 - Atualizado em 8/10/21 às 15h35

O aumento da energia elétrica contribuiu com a alta na inflação do DF

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Segundo o IPCA, o DF registrou variação de 0,79%, ficando abaixo da média nacional

 

 

A Capital voltou a registrar aumento de preços no mês de setembro, conforme aponta o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A variação positiva de 0,79%, foi a segunda menor entre as regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e inferior ao IPCA nacional (1,16%).

 

Essa pressão inflacionária esteve concentrada no grupo de Habitação (1,85%), o que contribuiu para elevar em 0,25 ponto percentual (pp) o índice geral do Distrito Federal. A justificativa para esse comportamento foi, principalmente, o aumento de preço na energia elétrica residencial (+6,06% e +0,17 pp), que por conta da nova bandeira tarifária de escassez hídrica, passou a custar R$ 14,20 a cada 100kWh.

 

Mesmo com a energia elétrica em destaque, outros grupos também contribuíram na intensificação de preços no mês de setembro, como o de Alimentação e bebidas (+1,14% e +0,19 pp), Transportes (+0,82% e +0,20 pp), Vestuário (+0,95% e +0,04 pp), Artigos de residência (+1,09 % e +0,04 pp), Despesas pessoais (+0,56 % e +0,07 pp), Saúde e cuidados pessoais (0,05% e +0,01 pp) e Comunicação (+0,18 % e +0,01 pp), onde apenas a Educação (-0,09% e -0,01 p.p.) evitou um incremento ainda mais intenso.

 

Dos nove grupos pesquisados, oito apresentaram inflação, o que resultou em um índice de difusão de 58,2%, mostrando uma pressão inflacionária disseminada na economia local. Outro fator preocupante é que a crise hídrica no Brasil fez-se sentir como uma elevação de 6,06% nos preços da Energia elétrica residencial no DF, e esse cenário força os custos de diversos bens e serviços por aumentar despesas de produção.

 

O pesquisador Renato Coitinho da Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan analisa que “a crise hídrica enfrentada pelo país tem se traduzido diretamente em aumentos nos preços da Energia elétrica residencial, que cresceu 27,3% nos últimos seis meses e foi o principal vetor inflacionário em setembro. A energia é um insumo para grande parte dos bens e serviços consumidos pela população, e seu encarecimento recai de forma mais acentuada sobre as famílias de menor renda, que gastam uma parte maior de seu orçamento com custos de habitação. Ainda assim, é importante destacar que o Distrito Federal apresentou o menor IPCA e o segundo menor INPC entre as regiões pesquisadas pelo IBGE em setembro e que houve um recuo da Gasolina, que vinha pressionando os preços distritais nos últimos meses.”.

 

IPCA POR FAIXA DE RENDA

De acordo com os indicadores calculados pela Codeplan, em setembro, os 25% mais pobres do DF enfrentaram um aumento de 1,12% nos preços da cesta de consumo. Já os 25% mais ricos tiveram alta de 0,79%. A explicação para o contraste entre as intensidades é que a inflação mensal está focada em grupos que possuem maior peso na cesta de consumo das famílias de renda baixa.

 

ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR (INPC)

No DF, considerando as famílias cujos rendimentos variam de um a cinco salários mínimos, a inflação é ainda mais acentuada, calculada em 0,90%, esse número foi o segundo menor entre as regiões pesquisadas e, também, ficou abaixo da média nacional (1,20%).

 

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Matéria: Kaszenlem Rocha | Supervisão: Renata Nandes
Foto: Gabriel Jabour – Agência Brasília

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