Pesquisa estimou população do Distrito Federal em 2.904.030 pessoas. Levantamento realizado pela Codeplan em 2018 permite atualizar o perfil socioeconômico dos habitantes das 31 RAs.
O presidente da Codeplan, Jean Lima, fala na apresentação na PDAD (Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília.)
A população do Distrito Federal foi estimada em e 2.894.953 pessoas, de acordo com a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) divulgada nesta quarta-feira (20) no Palácio do Buriti.
VEJA A APRESENTAÇÃO DA PESQUISA
O levantamento foi realizado pela Codeplan (Companhia de Planejamento do Distrito Federal) entre março e outubro de 2018 e permite atualizar o perfil socioeconômico dos habitantes das 31 Regiões Administrativas. Ao todo, foram entrevistados moradores de 21.908 domicílios.
“A pesquisa apresenta uma foto de todas as regiões administrativas, trazendo dados territoriais, econômicos, sociais que vão ajudar cada gestor do GDF a desenvolver políticas públicas em diversos setores”, declarou o presidente da Codeplan, Jean Lima.
Do total da população, a pesquisa apontou que 52,2% eram do sexo feminino. A idade média é de 33 anos e 55,3% declararam ter nascido no próprio DF. No que diz respeito à raça e cor da pele, verificou-se que a resposta mais comum foi parda, para 47,4% dos moradores.
Sobre o estado civil, 48,2% da população com 14 anos ou mais de idade eram solteiros.
Faixas de renda
A pesquisa dividiu o DF em quatro grupos de Regiões Administrativas, definidos a partir do rendimento médio de cada localidade. O grupo 1, de alta renda, é composto por Plano Piloto, Jardim Botânico, Lago Norte, Lago Sul, Park Way e Sudoeste/Octogonal. No grupo 2, de média-alta renda, estão Águas Claras, Candangolândia, Cruzeiro, Gama, Guará, Núcleo Bandeirante, Sobradinho, Sobradinho II, Taguatinga e Vicente Pires. O grupo 3, considerado média-baixa renda, é formado por Brazlândia, Ceilândia, Planaltina, Riacho Fundo, Riacho Fundo II, SIA, Samambaia, Santa Maria e São Sebastião. No grupo 4, de baixa renda, estão Fercal, Itapoã, Paranoá, Recanto das Emas, SCIA –Estrutural e Varjão.
A divisão permite verificar diferenças entre os grupos populacionais. Por exemplo, no Grupo 1, de alta renda, predominam os casais de sem filho, 23%. Enquanto no Grupo 4, os monoparentais femininos, famílias chefiadas por mulheres, são o arranjo domiciliar mais comum, 22,2%.
Na saúde, a diferença de rendimento também é predominante no acesso a plano de saúde. No Grupo 1, 43,4% disseram ter plano de saúde particular; 34,6%, empresarial e 18,1% não tem. Já no Grupo 4, 86,7% não tem plano; 7,8% possuem plano empresarial e apenas 3,8% afirmaram ter cobertura particular.
O vice-governador do Distrito Federal, Paco Britto, declarou durante a solenidade no Palácio do Buriti que a pesquisa “é um documento precioso”, que ajudará o governo a “refinar ainda mais os programas em desenvolvimento para o DF”.
Escolaridade
Sobre a escolaridade, 96,8% dos moradores com cinco anos ou mais de idade declararam saber ler e escrever. Para as pessoas entre 4 e 24 anos, 49,1% reportaram frequentar
escola pública. Entre aqueles que frequentavam escola, 20,8% estudavam no Plano Piloto.
Entre os moradores de alta renda, 52,8% frequentavam escola particular e 26,9%, a escola pública. Já entre os habitantes de baixa renda, 60,5%, estavam em escola pública.
Vice governador do DF, Paco Britto, e outras autoridades compareceram à apresentação da PDAD (Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília)
Deslocamento
Em relação ao deslocamento para o trabalho, 38%, responderam utilizar ônibus, 47,3% informaram automóvel, 3,6% reportaram o uso de metrô, 2,8% afirmaram usar motocicleta, 2,1%
utilizaram a bicicleta e 14,5% caminhavam até a empresa. Sobre a duração deste trajeto, entre 15 e 30 minutos foi o tempo de deslocamento mais reportado, 27,2%.
Já entre os que estudam, o principal meio de transporte declarado foi a pé, para 35,6% dos entrevistados. O tempo gasto mais reportado foi até 15 minutos, para 53,9% dos moradores.
Vice-governador do DF, Paco Britto, discursa durante a apresentação da pesquisa (Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília)
Bens de consumo
Uma importante característica que permite avaliar a capacidade de consumo das unidades domiciliares é a contratação de serviços domiciliares e a posse de bens duráveis. Em 49,8% dos domicílios havia serviço de TV por assinatura, 5,5% assinavam jornais (impressos ou online), 4,8% assinavam revistas (impressas ou online), enquanto 34,4% assinavam outros serviços online, como filmes, músicas, notícias, cursos, esportes etc. Por fim, em 1% dos domicílios havia serviço de hotelaria.
No que diz respeito à posse de veículos, 68,7% dos entrevistados declararam possuir automóvel, 8% informaram ter motocicleta e 34,5% disseram possuir bicicleta.
Sobre a posse de eletrodomésticos, observou-se que 98,8% dos domicílios tinham pelo menos
um fogão, 42,2% tinham geladeira de uma porta, 58,9% tinham geladeira de duas portas, 16,9% tinham freezer, 72,7% tinham máquina de lavar roupas, 15,3% tinham máquina de lavar e secar roupas, 1,6% tinham secadora de roupa, 5,5% tinham máquina de lavar louça, 21,7% tinham televisores tubo, 86% tinham televisores tela fina/plana, 37,3% tinham tocadores de DVD e/ou Blu-ray, 33% tinham microcomputadores de mesa, 49,9% tinham notebook/laptop, 23,1% tinham tablet, 12,2% tinham ar-condicionado, 56,4% tinham circuladores de ar e/ou ventiladores, 75,1% tinham micro-ondas, 46,7% tinham telefone celular pós-pago, 66,1% tinham telefone celular pré-pago, 51,5% tinham telefone fixo e 2,1% tinham placas de energia e/ou aquecedor solar.
PMAD
No evento, também foi divulgada a realização de uma nova Pesquisa Metropolitana por Amostra de Domicílios (PMAD) em 2019. O levantamento será realizado em 12 cidades: Santo Antônio do Descoberto, Alexânia, Planaltina, Formosa, Cristalina, Cidade Ocidental, Luziânia, Novo Gama, Valparaiso, Cocalzinho, Padre Bernardo e Águas Lindas. Os resultados do levantamento devem ser divulgados em novembro desse ano.
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