Número total de desempregados, em julho, teve redução de nove mil pessoas em relação ao mês anterior
A Pesquisa de Emprego e Desemprego, divulgada nesta quarta (30), na Codeplan, revela que o desemprego caiu no Distrito Federal, no mês de julho:19,5%. Em junho, a pesquisa registrou 19,9% para a taxa de desemprego total.
O gerente de Pesquisas Socioeconômicas, da Codeplan, Jusçanio Umbelino de Souza, que apresentou a pesquisa, disse que o número total de desempregados, em julho deste ano, ficou estimado em 320 mil, o que representou redução de nove mil pessoas em relação ao mês anterior. Também houve queda no desemprego aberto. Passou de 17,2% para 16,8%. A taxa de desemprego oculto foi de 2,7%, permanecendo estável. Entre as regiões pesquisadas, destacou as que tiveram queda na taxa de desemprego, tendo Porto Alegre com a menor taxa:10,4%; São Paulo, com 18,7% e Distrito Federal, 19,5%. “No fim de 2016 a 2017, observou-se leve recuperação no mercado de trabalho”, pontuou Souza.
Entre os setores analisados das atividades econômicas no DF que mais cresceram, no mês de julho, estão Serviços, com sete mil empregos; Indústria de Transformação, três mil; Administração Pública, cinco mil. Já na Construção Civil, queda de seis mil – o equivalente a -9,5%; no Comércio, relativa estabilidade: menos um mil ou -0,4%.
Com relação à taxa de participação, passou de 67,3% para 67,0% no período em análise. Essa taxa indica a proporção de pessoas com 14 anos e mais presentes no mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas.
Segundo o nível de renda, entre junho e julho deste ano, houve elevação na taxa de desemprego do Grupo quatro – que abrange as regiões com baixa renda: 26,3% para 26,9%; Grupo dois – regiões com renda média alta: 16,5% para 16,8%. Já no Grupo três- regiões com renda média baixa-, foi registrada redução de 24,6% para 23,6%. A taxa de desemprego do Grupo um – regiões com alta renda, no acumulado no semestre – fevereiro a julho de 2017 – atingiu o patamar de 8,3%.
Foi observado, de acordo com a posição na ocupação, aumento no contingente de assalariados do setor privado: três mil; e no setor público: oito mil. No setor privado, pouco variaram os contingentes de assalariados com carteira de trabalho assinada, registrando dois mil. Sem carteira: um mil. Verificou-se, ainda, aumento no número de autônomos: três mil e redução no número de empregados domésticos: menos cinco mil. Quanto aos classificados nas demais posições: menos quatro mil.
A coordenadora da pesquisa pelo Dieese, Adalgiza Lara Amaral, esclareceu que em 2017 houve aumento de 10 mil no número de carteiras assinadas ao comparar com 2016. Adalgiza afirmou que há tendência de crescimento e citou casos de pessoas que perderam o emprego, estão na informalidade, mas empregam outras.
Para o supervisor do Escritório Regional do DF, Max Leno de Almeida, Serviços e o Comércio apresentaram resultados positivos, sendo o DF a segunda cidade no ranking das regiões pesquisadas nesses setores com tendência de crescimento. Salientou que a pesquisa está em constante aprimoramento e que é preciso rever a questão do incentivo fiscal para ir ao encontro das expectativas do setor empresarial.
O secretário do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos do DF, Antônio Gutemberg Gomes de Souza, presente na divulgação, parabenizou a Codeplan e entidades envolvidas na elaboração da pesquisa e disse que existem vagas, mas precisa-se de qualificação que é fundamental para aquecer o mercado, “por isso, a Secretaria disponibilizou cursos de capacitação e criou o Prospera em 2015 – fundo de geração de emprego e renda. E, até o final do ano, tem-se a previsão de aporte de 11 milhões de reais para o Programa”, acrescentou. Entre as inciativas para atender a população, citou a Casa da Mulher Brasileira, que conta com apoio psicossocial, que permitirá à mulher sair do modelo perverso de violência doméstica.
A diretora de Estudos e Políticas Sociais, Ana Maria Nogales Vasconcelos, e respondendo pela diretoria de Pesquisas Socioeconômicas, apontou que a pesquisa evidencia a desigualdade segundo a moradia, gênero, raça/cor e idade mas, também, mostra a importância para se trabalhar com as políticas públicas. Neste sentido, parabenizou o governo, por intermédio da Secretaria do Trabalho, pela iniciativa, esforço, que vem fazendo quanto à disponibilização de cursos –capacitação – e crédito para a população.
A PED é realizada pela Secretaria de Estado do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos do Distrito Federal, Codeplan e Dieese, em parceria com a Fundação Sead.
Acesse a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) de julho.
Reportagem/Ilustração: Eliane Menezes
Foto: Toninho Leite
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