Governo do Distrito Federal
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27/01/16 às 18h55 - Atualizado em 29/10/18 às 11h50

PED aponta relativa estabilidade na taxa de desemprego no DF

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O Distrito Federal manteve-se relativamente estável, ao passar de 15,1%, em novembro, para os atuais 15,4%, segundo dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego no Distrito Federal – PED-DF, divulgada nesta quarta-feira, 27, na Companhia de Planejamento do Distrito Federal – Codeplan.

“A pesquisa, a ser divulgada hoje, mostra o comportamento do mercado no Distrito Federal. Ao fazer um retrato da economia, a PED aponta, por meio dos números, o comportamento da economia local, daí a importância deste instrumento de trabalho para as políticas públicas”, afirmou o presidente-substituto, Antônio Fúcio de Mendonça Neto, ao dar início à divulgação da PED.

Segundo o diretor de Estudos de Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, Bruno de Oliveira Cruz, a saída de 237 mil pessoas do mercado de trabalho é resultado da redução do nível de ocupação e da relativa estabilidade da População.

Ele disse, ainda, que, apesar de relativa estabilidade na taxa de desemprego, entre dezembro de 2014 e dezembro de 2015, a pesquisa registrou aumento na taxa de desemprego total, quando passou de 11,7% para 15,4%. Com a eliminação de 37 mil postos de trabalho, 60 mil pessoas ficaram fora do mercado de trabalho. Também houve aumento de 22 mil pessoas na população economicamente ativa.

Foram reduzidos 10 mil postos de trabalho na indústria de transformação; 15 mil na construção; 14 mil nos serviços; e quatro mil em outros setores. A queda foi parcialmente compensada pelo aumento de seis mil postos de trabalho no comércio. Para Bruno, esses números desfavoráveis provavelmente sejam reflexos da atual crise por que passa o País.

O coordenador de Qualificação Profissional da Secretaria do Trabalho, Gerson Vicente, listou as ações da Secretaria no sentido de minimizar a crise do desemprego no DF, entre elas estão a aprendizagem de novas profissões, manutenção e atualização e fomento ao empreendedorismo. Ele acrescentou que houve retomada do Fórum do Setor Produtivo para debater temas como criação de postos de trabalho e qualificação profissional.

A taxa de participação pouco variou, ao passar de 61,0% para 60,8%, no período em análise. Essa taxa estabelece a proporção de pessoas com 10 anos e mais presentes no mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas.

A coordenadora da PED, do Dieese, Adalgisa Lara Amaral, disse que o cenário do mercado de trabalho mudou. Houve queda no rendimento médio, e entre os desempregados, há um número significativo de mulheres, chefes de famílias, negros e de jovens. “Esse é um dado que chama atenção para esse segmento populacional”, destacou.

RAs entre novembro e dezembro de 2015

Nos grupos de Regiões Administrativas, segundo nível de renda, o Grupo 1, que reúne as regiões de renda mais alta – Plano Piloto, Lago Sul e Lago Norte – permaneceu em relativa estabilidade, passando de 6,9% para 7,1%. No Grupo 2, das regiões com renda intermediária – Gama, Taguatinga, Sobradinho, Planaltina, Núcleo Bandeirante, Guará, Cruzeiro, Candangolândia e Riacho Fundo – houve ligeira redução, de 12,4% para 12,0%, e no Grupo 3, regiões com renda mais baixa – Brazlândia, Ceilândia, Samambaia, Paranoá, São Sebastião, Santa Maria e Recanto das Emas – teve aumento de 18,2% para 19,2%.

Setores econômicos

No mês em análise, o nível de ocupação diminuiu 0,5%, e o contingente de ocupados foi estimado em 1.297 mil pessoas, 6 mil a menos do que no mês anterior. Esse resultado decorreu de reduções na Indústria de Transformação, com -4,7% ou eliminação de dois mil postos de trabalho. Na Construção, houve queda de -1,4% ou menos um mil. No Comércio, 0,4% ou menos um mil. Nos Serviços, registro de relativa estabilidade: menos dois por cento ou dois mil.

Segundo posição na ocupação, em dezembro, o número de assalariados não se alterou. No setor privado, o assalariamento com carteira de trabalho assinada permaneceu em relativa estabilidade, com 0,2% ou um mil. Já no sem carteira, houve retração -7,8%, ou -8 mil. Reduziram-se os contingentes de empregados domésticos -3,7% ou -3 mil e dos classificados nas demais posições -2,5%, ou -3 mil. O de autônomos permaneceu estável.

Há mudança na composição dos grupos com menos renda – grupos que vêm perdendo renda. “Esses grupos merecem atenção das políticas públicas, mas há o que se ressaltar que pessoas com renda mais alta apresentem maior qualificação, como é o caso de um profissional liberal que pode repassar os preços para o consumidor, diferentemente de um trabalhador da construção, comparou Clóvis Scherer, do Dieese.

A PED-DF é realizada pela Secretaria de Estado do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos do Distrito Federal, Codeplan, Dieese, em parceria com a Fundação Seade.

Veja aqui a pesquisa de dezembro e a anual.


Reportagem: Eliane Menezes

Foto: Ana Lúcia Barreto Soares

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