Entre as formalizadas, a proporção baixou de 50,3% em 2017, para 49,6% no ano passado. Entre as sem carteira assinada, passou de 14,4% para 14% no mesmo período.

Presidente da Codeplan, Jean Lima (à esq), participa da apresentação da pesquisa (Foto: Divulgação/Codeplan)

A proporção de empregadas domésticas mensalistas, com e sem carteira de trabalho assinada, diminuiu em 2018 no Distrito Federal. Entre as formalizadas caiu de 50,3% em 2017, para 49,6% no ano passado. Entre as sem carteira assinada, passou de 14,4% para 14% no mesmo período. Os números são do Boletim PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego) do Emprego Doméstico no Distrito Federal.

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Houve, por outro lado, ampliação da participação de diaristas, alcançando 36,4% do total, em 2018, contra 35,3%, no ano anterior.

No total, o DF tinha 84 mil pessoas trabalhando em emprego doméstico no ano passado. Esse número representava 6,2% dos ocupados (1,3 milhão).  As mulheres correspondiam a pouco menos da metade (48,0%) desse montante, porém representavam quase a totalidade dos serviços domésticos (94,1%).

Essas trabalhadoras realizam principalmente atividades de serviços gerais, com ou sem carteira de trabalho assinada, ou trabalhando como diaristas. Ocupações como babá e cuidadora de idosos, que demandam alguma especialização e maior nível de escolaridade, e proporcionam maior remuneração, ainda constituem uma pequena parcela do segmento.

Chefes de domicílio – Segundo o levantamento, aproximadamente 80% são negras, 40% com ensino fundamental incompleto, 44% são chefes de domicílio e 25% tem filhos de até 9 anos de idade. A pesquisa se restringe às mulheres, tendo em vista que os homens compõem uma parcela pequena do trabalho doméstico e exercem atividades distintas delas, como motorista e jardineiro.

“A desigualdade de gênero e racial no mercado de trabalho é um dado permanente na série histórica da pesquisa. Contudo, um dos seus pilares é justamente o trabalho doméstico, que incide diretamente sobre as mulheres negras”, pontua o presidente da Codeplan, Jean Lima.