Governo do Distrito Federal
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1/10/15 às 22h16 - Atualizado em 29/10/18 às 11h48

Quintas Codeplan debate diversificação da economia do Distrito Federal

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Palestrante apresenta propostas para o desenvolvimento econômico

Mais uma edição do Quintas Codeplan aconteceu hoje, 1, no auditório da Companhia. O assunto abordado foi “Distrito Federal, o desafio de romper com a ‘monocultura’ do serviço público”, e o convidado foi o Subsecretário de Atração de Negócios e Investimentos da Secretaria de Economia e Desenvolvimento Sustentável, Apolinário Rebelo.

O palestrante deu início ao evento compartilhando o modelo de concepção original de Brasília, afirmando que esse modelo se esgotou e que não se pode viver da monocultura do serviço público, devendo, por isso, investir na industrialização da Capital.

Rebelo destacou que o plano de industrializar o Distrito Federal existe desde a década de 60 e o demonstrou com a apresentação de partes de documentos, pesquisas e estudos sobre o assunto.

O subsecretário refutou alguns dos principais mitos e argumentos que a população tem quanto à industrialização do DF, como não “caber” indústrias em Brasília. “Verdade, mas cabe no DF. Ninguém propõe industrializar Brasília. Nós temos que preservá-la e desenvolver o DF, nos limites do Quadrilátero. Muitas pessoas alegam que essa não é a vocação de Brasília. Essa tese de vocação não se sustenta. A nossa vocação é desafiar e alterar a realidade dada” afirmou ele.

Outro assunto muito debatido foi a industrialização de Goiás, em vez do Distrito Federal. “Essa é uma visão sutil e perigosa”, alegou Rebelo. Sobre esse tópico o subsecretário declarou que o desenvolvimento de Goiânia se insere em Luziânia, Alexânia e Formosa. Os seis municípios do entorno do DF recebem recursos limitados para investimento, gerando com isso a dependência em relação à Brasília.

“Temos que industrializar o Goiás sim, e o DF também. Temos que crescer juntos, e não ficar dependendo só de um. A nossa concepção não permite que a maior renda per capita do país seja drenada para Goiás e outros estados. Se você industrializa os limites do Quadrilátero e transborda essas cadeias produtivas para o entorno, ganhamos nós. Brasília cabe indústria de todo tipo”, disse ele.

Rebelo apresentou seis ações para alterar a economia local, que são: programas de incentivo fiscal, de infraestrutura, logística, concessão de áreas, de financiamento e melhorias do ambiente de negócio. Sobre os dois últimos, ele ressaltou que o DF já possui, mas é preciso melhorias.

Além dessas ações, o subsecretário apresentou a ideia de criar oito polos de incentivo à economia. “Nós pensamos em polos industriais e polos diversos de agronomia e desenvolvimento”, disse ele.

Os polos seriam: ampliação do Polo Industrial JK, que o subsecretário sugeriu triplicar sua área e sedimentar; criação de Aeroporto de Cargas, “se você tem um aeroporto que suporta um grande número de cargas, as empresas se interessam pela cidade”; Polo Integrador da Defesa Nacional; Polo de Entretenimento, focando no turismo que, de acordo com Rebelo, precisa melhorar; Polo Chapadinha; Polo Engenho das Lajes; Polo da Saúde; e Polo Multimídia.

O presidente da Codeplan, Lucio Rennó, agradeceu a presença do palestrante e dos demais presentes, e convidou a todos para a próxima edição do Quintas Codeplan, prevista para acontecer ainda neste mês.

“Não quero demorar pois essa discussão é urgente. Eu concordo com a ansiedade do Apolinário nesse sentido, e precisamos avançar para decisões completas sobre essa temática. Acho que isso é fundamental e espero que a gente possa colaborar nesse sentido”, finalizou o presidente.

Texto: Nilva Rios e Ana Carolina Alves
Foto: Toninho Leite

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