Governo do Distrito Federal
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26/04/22 às 11h44 - Atualizado em 26/04/22 às 11h45

Taxa de Desemprego diminui no Distrito Federal em relação a março de 2021

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Segmentos que lideravam a taxa de ocupação, como indústria de transformação e construção, refreiam um pouco

 

O mercado de trabalho começa a reagir aos efeitos negativos da pandemia de Covid 19, que afetou diretamente várias áreas da economia brasileira, impactando de forma desfavorável nos postos de trabalho. A taxa de desemprego total diminuiu de 19,5% para 17,0%, entre março de 2021 e de 2022, respectivamente.

 

Os números constam no novo Boletim da Pesquisa de Emprego e Desemprego do Distrito Federal (PED-DF) fruto de uma parceria entre Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

 

“Estamos vivenciando o decurso do processo de pandemia. Estamos percebendo a acomodação no desemprego. Relativa estabilidade”, assinala a coordenadora do Sistema PED Lúcia Garcia.

 

De acordo com o mapa, a taxa de participação neste período entre pessoas com 14 anos e mais que estão classificadas no mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas cresceu, passando de 64,4% em março de 2021 para 64,9% nesse terceiro mês de 2022.

 

O levantamento minucioso chega a pontuar em quais camadas da sociedade a taxa de desemprego mais caiu no período, classificando por sexo, faixa etária, raça e core posição no domicílio.

 

Houve, por exemplo, o decréscimo no número de mulheres desempregadas entre março de 2021 para março de 2022, que caiu de 22,3% para 19,9%. Entre os homens, o índice foi um pouco menor: 16,9% para 14,3%.

 

A redução entre as pessoas de 16 a 24 anos foi de 43,2% para 39,6%, de 25 a 39 anos, 18,2% para 15,2%, e de 40 a 49 anos, de 11,4% para 9,8%, também no período analisado.

 

O desemprego entre os negros registrou-se de 21,2% para 18,2% e para os não negros de 16,6% para 14,8%).

 

Para a diretora de Estudos e Pesquisas Sócioeconômicas da Codeplan, Clarissa Schlabitz, há uma tendência de estabilidade na taxa de desemprego, se levado em consideração ao primeiro trimestre de ano. “Minha expectativa é que o DF consiga manter essa estabilidade da taxa de desemprego dos últimos três meses”, disse Clarissa.

 

Emprego doméstico

O acréscimo do contingente de ocupados, que é considerado com leve pela Codeplan e Dieese, decorreu de alguns fatores: da elevação no número de postos de trabalho no setor de serviços, de um lado, redução no comércio e reparação, de outro, e relativa estabilidade na indústria e na construção. “Segmentos que lideram ocupação refreiam um pouco. Indústria de transformação e construção”, destaca Lúcia.

 

Um dos serviços que mereceram atenção do levantamento foi o de emprego doméstico. Num mercado de trabalho bastante heterogêneo, há uma fragilidade do emprego doméstico identificada pelo levantamento.

 

De acordo com o recorte feito pelos técnicos, a função tem sido ao longo de muitos anos uma alternativa ocupacional predominantemente feminina no Brasil. Apesar disso, a atividade que mais cresceu nesse período de pandemia avança a passos lentos quanto à equiparação social e trabalhista com as demais atividades da estrutura produtiva.

 

Os desafios sociais e trabalhistas enfrentados por esse importante grupo laborativo vai desde a elevada parcela que participa do assalariamento, mas não tem carteira assinada e daquelas que trabalham como diaristas, às jornadas parciais de trabalho, ao baixo rendimento médio recebido, além de parte significativa não contribuir para a Previdência Pública (mais de 50%).

 

Na Área Metropolitana de Brasília, em 2021, o Emprego Doméstico representava 7,3% dos postos de trabalho, e, do total das pessoas ocupadas nesse segmento, 95,2% eram mulheres habitantes do Distrito Federal e dos municípios agregados na Periferia Metropolitana de Brasília.

 

Em 2021, o rendimento médio mensal dos trabalhadores domésticos correspondia a R$ 1.292 numa jornada de trabalho semanal de 34 horas, em média no período. A carga horária para o trabalhador desse segmento equivalia a R$ 8,88 naquele ano.

 

Acesse aqui:

 

Boletim PED-DF  (Março 2022)

Boletim Anual PED-AMB – Emprego_Doméstico (Abril 2022)

 

Apresentação PED-AMB e PED-DF (Março 2022)

Apresentação Boletim_Emprego_Doméstico – PED-AMB (Abril 2022)

– Link para apresentação

 

Reportagem:  Assessoria de Comunicação Social – Ascom/Codeplan

Foto:  Tony Winston – Agencia Brasília

 

 

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